sexta-feira, 25 de março de 2011

Pin iluminado,

Amanheceu nublado, mas a pouca radiação solar não seria motivo para que meu "teste de luz" não fosse feito, pelo fato de não tornar excassa as fontes de luz. Meu quarto tornei um cenário (uma colcha de cama laranja fixada em um detalhe do guarda-roupas), Pin (pinguim de pelúcia) tornei modelo e assim consegui vizualizar a importância da iluminação na fotografia, em "estúdio" (começo a me sentir fotógrafa :B).


Esse é Pin em luz ambiente! É, a janela aberta provou em Pin que o dia estava realmente nublado...

Na luz artificial da lâmpada do quarto tudo ganha um pouco mais de brilho.


Existem várias fontes de iluminação, as que escolhi foram a lâmpada do quarto, a irradiação proveniente da janela, espelhos e de uma lanterninha de bolso. 


Utilizando somente a lâmpada do quarto como iluminação quis testar a diferença do cenário com ausência e presença do flash da câmera.


Retirei o flash da câmera, com a janela fechada e sem a lâmpada do quarto acessa, utilizei a luz da lanterninha em diveros ângulos para que Pin adquirisse pouca profundidade, sombras e esse ar mistorioso, assustador...
Nos reflexos do espelho a colcha ganha mais brilho que Pin. Ele apenas fanha mais nitidez em seus pelos. Parece que ele não é muito narcisista... 

Misturando a luz ambiente e a lanterna eu consegui um belo perfil de Pin, ele parece tão real quanto sua presença é confortante pra mim... é tem dias que eu preciso olhar pra ele pra lembrar que existem lugares frios!


Foquei um pouco mais a lanternas nos olhinhos de Pin pra vocês poderem ver que seus olhos parecem reais e dizem muitas coisas. Pin não é meu, é de um amigo, mas está guardado no meu quarto por tempo indeterminado. Apesar de ser alérgica ele me faz bem e foi escolhido porque todos os dias quando brechas de luz alcançam meus olhos, ele é uma das primeiras coisas que eu vejo. 

É hora de sair do meu estúdio, quem sabe o próximo ensaio será com a natureza viva?! No sol, na chuva, no pôr do sol ou abaixo da lua... haverá tempo, apenas me desejem sorte e talento. A suma é que a luz vai ser minha companheira fiel nessa jornada de fotógrafa, é essencial para que se alcance a profundidade do nosso foco, a beleza dos detalhes e contrastes, das cores e brilho.




quarta-feira, 16 de março de 2011

Flashs da vida.


Mais que pular em frente àquela filmadora que ocupava em revesamento os ombros dos meus pais, eu e meu irmão crescemos competindo pela  melhor imagem obtida manuseando aquela imensa Fujita preta. Fotografar era algo entre mania e paixão. Aquela câmera não ficava em desuso e entre família passava de mão em mão dando a cada acontecimento diversos focos.

Com o tempo, a relíquia adquirida nos primeiros anos de casamento dos meus pais não perdeu a graça, perdeu o posto! Diminuiu, tornou-se digital, invadiu nossos celulares e continuava sendo a companhia que registrava detalhes e detalhava registros. Fotografar sempre foi mais que sorrir em pose, eram os momentos espontâneos em que sorríamos felizes, era a simplicidade que faz da natureza uma obra de arte... era tudo que nos fazia aumentar a curiosidade na espera das fotos reveladas. A quantidade de retratos da realidade não economiza razões para perceber que a vida sempre nos trouxe motivos para sorrir.

São em flashs que vemos nossa vida eternizada, nos desenhos que vai traçando, desbotando alguns períodos e deixando outros em destaque. Tatuando no coração o que a visão não nos permite desconhecer: o primeiro banho e até os grandes saltos de uma cachoeira. A primeira amamentação e o churrasco em comemoração a aprovação no vestibular. Os primeiros passos e cada lugarzinho que fomos desbravar. O primeiro dia de aula e as resenhas da faculdade. Encontros e despedidas. Books e passarelas, danças e palcos. Aquele fotógrafo presente em cada acontecimento escolar e a teimosia amadora que adere a moda de fotos diante do espelho e as que são tiradas premeditando o "post" no site de relacionamento.

A saudade me transporta até em casa e voando pela sala posso avistar aquela estante onde a tv divide espaço mais do que com livros, DVDs e CDs, com aqueles notáveis álbuns floridos que por tantas tardes ocuparam colos de visitas ou  insistíamos em rever aquelas fotografias que haviam sido selecionadas como melhores dentre as outras entulhadas na gaveta. As gavetas não suportam mais, certamente esse foi o motivo pelo qual passamos a imprimir somente as fotografias que mudariam as faces dos porta-retratos espalhados por toda casa e dos quadros de metal que enfeitam cada quarto...

Hoje estive estática com as fotografias scaneadas e editadas que arquivo. Novamente dou risada das roupas e dos outros, resmungo dos cabelos e da pressa com que o tempo passou. Sinto a presença dos amores que estão longe, das ocasiões que não voltam, das coisas que não tenho mais, dos lugares por onde passei. Sinto tudo muito meu, imaginações, criações... E tudo que o tempo poderia ter deixado incolor, insosso e indolor me rodeia de memórias e vida, me trazem nítidas as vozes e cheiros que se foram e constituem o que viria depois. Em cores, o filme na tela do computador leva minha vida onde eu for.